Bem Vindo

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quitéria Calixto em Fortaleza - Lágrimas de Sangue


O canal lacrimal não possui nenhuma alteração. A pressão ocular está normal e a visão também não foi atingida. Os exames realizados ontem de manhã em Fortaleza atestavam mais uma vez que a agricultora Quitéria Calixto, 40, não apresentava nenhum problema nos olhos. Há uns oito meses, ela afirma chorar sangue. ``Não dói, não arde e nem coça. Simplesmente começo a derramar lágrimas de sangue``, explica para o médico oftalmologista Eron Moreira, da clínica Nossa Senhora de Nazaré.

A indicação era então um internamento no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) para investigar com mais profundidade o caso. Entretanto, Quitéria não quis. Ela acredita que foi curada. ``Há dois dias não choro mais sangue. Fiz uma promessa a São Francisco e fui curada``, justificou, após assinar um termo de responsabilidade por ter negado o atendimento especializado. Ela veio a Fortaleza acompanhada da amiga, Silvana Silva, e do diretor clínico do Hospital de Caririaçu, Duclieux de Freitas, para ser examinada. Antes, Quitéria já tinha sido consultada em outros dois hospitais, na região do Cariri.

Segundo o oftalmologista Eron Moreira, seria preciso uma tomografia e ressonância para obter um diagnóstico mais preciso sobre o caso de Quitéria. ``Os exames oftalmológicos não apontaram nenhum sinal de hemorragia. A visão dela está perfeita, nem de óculos precisa``, disse. A oftalmologista do HUWC, Joana Gurgel, acrescentou que uma equipe multidisciplinar e um leito tinham sido reservados para o tratamento de Quitéria no hospital.

A agricultora afirma que a última vez que chorou sangue foi na quarta-feira (17). ``Meu rosto ficou cheio de sangue e fiz uma promessa para que esse choro fosse acabando aos poucos``, comenta. A notícia de que iria ficar internada sem acompanhante e que receberia anestesia local para a realização de alguns exames a assustou. ``Os médicos já disseram que não encontraram nenhum problema. Ninguém mais mexe nos meus olhos``, sentenciou.

Ainda na tarde de ontem, Quitéria retornou para Caririaçu, distante 503 quilômetros de Fortaleza. Ela disse que assim que chegar a cidade natal iria à igreja agradecer a São Francisco pela graça alcançada. ``Não vou nem entrar em casa, vou direto para a igreja. Confio na minha cura. Pedi que as lágrimas de sangue fossem parando aos poucos e aconteceu``, celebra.

BASTIDORES

Ontem de manhã, Quitéria chegou à clínica Nossa Senhora de Nazaré para a consulta com o médico Eron Moreira. Acompanhada de uma amiga e do diretor clínico do Hospital de Caririaçu, ela dizia estar tranquila.

Vários meios de comunicação acompanhavam o caso. Quitéria não se mostrou incomodada e disse que estava feliz em contar com o apoio da população. Ela comentou também que tinha feito uma promessa a São Francisco.

Durante a consulta, Quitéria afirmou que não chorava sangue há dois dias. Ela mostrou os últimos exames que tinha feito, inclusive uma tomografia facial.

Eron Moreira realizou vários exames oftalmológicos, entre eles, de acuidade visual e expressão do canal lacrimal com sondagem. Não foi detectado problema.

Enquanto era encaminhada ao HUWC, ela disse que não ficaria internada sem a companhia da amiga, Silvana Santos.

Foi aberto um prontuário para Quitéria no HUWC. Os exames foram repetidos. Mais uma vez, não foi detectada alteração.

Quitéria assinou termo de responsabilidade ao se negar ser internada e retornou a Caririaçu.
Leia matéria na integra:
http://www.noolhar.com/opovo/ceara/955359.html

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quitéria Calixto de Lima,Caririaçu (503 km de Fortaleza), Lágrimas de Sangue.




Quitéria Calixto de Lima, 40 anos, não para de chorar há cerca de oito meses. Ela verte lágrimas por dois motivos. Primeiro, acredita estar gravemente doente. Segundo, o líquido que sai dos seus olhos não é composto por água, sais minerais e proteínas, mas por glóbulos brancos, hemácias e plaquetas. Sim: dona Quitéria chora sangue todos os dias. Daí a angústia.

De lá para cá, a agricultora precisa da ajuda das vizinhas e da mãe para lavar a própria roupa, sempre encarnada, e esfregar o chão da casa, que vive escorregadio. ``Meus olhos não param de sangrar. É diariamente. Estou sem me alimentar e muito fraca``, fala a aposentada, por telefone. Dona Quitéria mora em Caririaçu (503 km de Fortaleza), na Januário Borges, uma rua do bairro Pernambuquinho.

Nos últimos cinco dias, o número 441 da Januário vem recebendo uma pequena romaria de curiosos. Num instante, espalhou-se a história da mulher pobre de cujos olhos escorrem lágrimas de sangue. ``Já vieram padres, crentes, médicos, jornalistas. Mandaram rezar, tirar os santos das paredes. Dizem que é um mistério, que é macumba, que é milagre. Eu só quero saúde e uma casa própria``.

Mistério ou não, a primeira lágrima de sangue atravessou o rosto dela em 2008. Começou com uma dor aguda nos olhos. Logo a agricultora viu escorrer um líquido ``tipo um óleo``. Dona Quitéria, que vive com o marido e dois filhos adolescentes, procurou o Hospital Santo Antônio, em Barbalha. Lá, ``eles fizeram uma tomografia facial, mas não acusou nada. Só passaram remédio pra dor``. Já no hospital São Vicente de Paulo, também no Cariri, dona Quitéria foi atendida por um oftalmologista cujo diagnóstico foi: a senhora não tem nada.

O comerciante Francisco Calixto de Lima, 31 anos, relata que, quando a irmã sente dores fortes na cabeça, sai correndo pela rua, gritando. ``Temos que pegar e trazer de volta``. Francisco também diz que três ou quatro padres já visitaram dona Quitéria. Ela corrige: apenas ontem, foram dois. ``Eles trazem conforto, o coração fica mais aliviado``.

Novo exame
Embora não possa visitar dona Quitéria porque tem a saúde minguada, Maria Calixto, 78, prima em quarto grau, envia mensagem pela reportagem: ``Enquanto existe vida, existe esperança. Nada para Deus é difícil``. Dona Maria mora a alguns quarteirões da casa da prima. O pequeno Cícero Calixto de Lima, 13, também está preocupado com a mãe. Diz que sai para brincar, mas logo retorna para casa. ``Eu mando ela se acalmar, digo que ela vai ficar boa``.

Na última terça-feira, 9, dona Quitéria fez exame de sangue em clínica particular de Caririaçu. ``Uma senhora de Juazeiro me ajudou``. O resultado fica pronto hoje. Dona Quitéria diz que, nesse momento, não sente nada. De repente, silencia no telefone. Retoma a fala cansada para repetir o que tem sido um bordão: ``Começou a sangrar novamente``. Para dona Quitéria, ``se for algum mistério, algum milagre, eu aceito de coração. Se Deus quiser me levar, eu aceito``. Sente-se segura, protegida por um rosário atado ao pescoço, ``todo sujo de sangue``.

Leia matéria:http://www.noolhar.com/opovo/ceara/952645.html
Que a Medicina Mundial tome conhecimento e especialistas que possam atendê-la Gratuitamente, pois se trata de pessoa simples e sem posses.