Quitéria Calixto de Lima, 40 anos, não para de chorar há cerca de oito meses. Ela verte lágrimas por dois motivos. Primeiro, acredita estar gravemente doente. Segundo, o líquido que sai dos seus olhos não é composto por água, sais minerais e proteínas, mas por glóbulos brancos, hemácias e plaquetas. Sim: dona Quitéria chora sangue todos os dias. Daí a angústia.
De lá para cá, a agricultora precisa da ajuda das vizinhas e da mãe para lavar a própria roupa, sempre encarnada, e esfregar o chão da casa, que vive escorregadio. ``Meus olhos não param de sangrar. É diariamente. Estou sem me alimentar e muito fraca``, fala a aposentada, por telefone. Dona Quitéria mora em Caririaçu (503 km de Fortaleza), na Januário Borges, uma rua do bairro Pernambuquinho.
Nos últimos cinco dias, o número 441 da Januário vem recebendo uma pequena romaria de curiosos. Num instante, espalhou-se a história da mulher pobre de cujos olhos escorrem lágrimas de sangue. ``Já vieram padres, crentes, médicos, jornalistas. Mandaram rezar, tirar os santos das paredes. Dizem que é um mistério, que é macumba, que é milagre. Eu só quero saúde e uma casa própria``.
Mistério ou não, a primeira lágrima de sangue atravessou o rosto dela em 2008. Começou com uma dor aguda nos olhos. Logo a agricultora viu escorrer um líquido ``tipo um óleo``. Dona Quitéria, que vive com o marido e dois filhos adolescentes, procurou o Hospital Santo Antônio, em Barbalha. Lá, ``eles fizeram uma tomografia facial, mas não acusou nada. Só passaram remédio pra dor``. Já no hospital São Vicente de Paulo, também no Cariri, dona Quitéria foi atendida por um oftalmologista cujo diagnóstico foi: a senhora não tem nada.
O comerciante Francisco Calixto de Lima, 31 anos, relata que, quando a irmã sente dores fortes na cabeça, sai correndo pela rua, gritando. ``Temos que pegar e trazer de volta``. Francisco também diz que três ou quatro padres já visitaram dona Quitéria. Ela corrige: apenas ontem, foram dois. ``Eles trazem conforto, o coração fica mais aliviado``.
Novo exame
Embora não possa visitar dona Quitéria porque tem a saúde minguada, Maria Calixto, 78, prima em quarto grau, envia mensagem pela reportagem: ``Enquanto existe vida, existe esperança. Nada para Deus é difícil``. Dona Maria mora a alguns quarteirões da casa da prima. O pequeno Cícero Calixto de Lima, 13, também está preocupado com a mãe. Diz que sai para brincar, mas logo retorna para casa. ``Eu mando ela se acalmar, digo que ela vai ficar boa``.
Na última terça-feira, 9, dona Quitéria fez exame de sangue em clínica particular de Caririaçu. ``Uma senhora de Juazeiro me ajudou``. O resultado fica pronto hoje. Dona Quitéria diz que, nesse momento, não sente nada. De repente, silencia no telefone. Retoma a fala cansada para repetir o que tem sido um bordão: ``Começou a sangrar novamente``. Para dona Quitéria, ``se for algum mistério, algum milagre, eu aceito de coração. Se Deus quiser me levar, eu aceito``. Sente-se segura, protegida por um rosário atado ao pescoço, ``todo sujo de sangue``.
Leia matéria:http://www.noolhar.com/opovo/ceara/952645.html
De lá para cá, a agricultora precisa da ajuda das vizinhas e da mãe para lavar a própria roupa, sempre encarnada, e esfregar o chão da casa, que vive escorregadio. ``Meus olhos não param de sangrar. É diariamente. Estou sem me alimentar e muito fraca``, fala a aposentada, por telefone. Dona Quitéria mora em Caririaçu (503 km de Fortaleza), na Januário Borges, uma rua do bairro Pernambuquinho.
Nos últimos cinco dias, o número 441 da Januário vem recebendo uma pequena romaria de curiosos. Num instante, espalhou-se a história da mulher pobre de cujos olhos escorrem lágrimas de sangue. ``Já vieram padres, crentes, médicos, jornalistas. Mandaram rezar, tirar os santos das paredes. Dizem que é um mistério, que é macumba, que é milagre. Eu só quero saúde e uma casa própria``.
Mistério ou não, a primeira lágrima de sangue atravessou o rosto dela em 2008. Começou com uma dor aguda nos olhos. Logo a agricultora viu escorrer um líquido ``tipo um óleo``. Dona Quitéria, que vive com o marido e dois filhos adolescentes, procurou o Hospital Santo Antônio, em Barbalha. Lá, ``eles fizeram uma tomografia facial, mas não acusou nada. Só passaram remédio pra dor``. Já no hospital São Vicente de Paulo, também no Cariri, dona Quitéria foi atendida por um oftalmologista cujo diagnóstico foi: a senhora não tem nada.
O comerciante Francisco Calixto de Lima, 31 anos, relata que, quando a irmã sente dores fortes na cabeça, sai correndo pela rua, gritando. ``Temos que pegar e trazer de volta``. Francisco também diz que três ou quatro padres já visitaram dona Quitéria. Ela corrige: apenas ontem, foram dois. ``Eles trazem conforto, o coração fica mais aliviado``.
Novo exame
Embora não possa visitar dona Quitéria porque tem a saúde minguada, Maria Calixto, 78, prima em quarto grau, envia mensagem pela reportagem: ``Enquanto existe vida, existe esperança. Nada para Deus é difícil``. Dona Maria mora a alguns quarteirões da casa da prima. O pequeno Cícero Calixto de Lima, 13, também está preocupado com a mãe. Diz que sai para brincar, mas logo retorna para casa. ``Eu mando ela se acalmar, digo que ela vai ficar boa``.
Na última terça-feira, 9, dona Quitéria fez exame de sangue em clínica particular de Caririaçu. ``Uma senhora de Juazeiro me ajudou``. O resultado fica pronto hoje. Dona Quitéria diz que, nesse momento, não sente nada. De repente, silencia no telefone. Retoma a fala cansada para repetir o que tem sido um bordão: ``Começou a sangrar novamente``. Para dona Quitéria, ``se for algum mistério, algum milagre, eu aceito de coração. Se Deus quiser me levar, eu aceito``. Sente-se segura, protegida por um rosário atado ao pescoço, ``todo sujo de sangue``.
Leia matéria:http://www.noolhar.com/opovo/ceara/952645.html
Que a Medicina Mundial tome conhecimento e especialistas que possam atendê-la Gratuitamente, pois se trata de pessoa simples e sem posses.
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