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sábado, 18 de agosto de 2012

União Condenada Pela Justiça por danos morais a Indios Panará.


Chegou ao fim o primeiro processo em que a União foi condenada pela Justiça a pagar indenização por danos morais a índios. O autor da sentença inicial, que acabou de ganhar caráter definitivo, é o juiz da 7ª Vara Federal de Brasília, Novély Vilanova da Silva Reis, 51. Ele é o pai de Antônio Novély, 24, um dos quatro rapazes condenados, no dia 10, a 14 anos de prisão pela morte do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos no dia 20 de abril de 1997.
Os índios beneficiados são da etnia panará, que vivem em reserva localizada entre Mato Grosso e Pará. Eles vão receber aproximadamente R$ 1 milhão de indenização. A liberação do dinheiro só deverá ocorrer em 2003, mas ainda depende de uma nova ação. A Advocacia Geral da União (AGU) desistiu de apresentar recurso, e o caso foi encerrado em setembro.
Em outubro de 1997 -seis meses depois que Antônio Novély e outros quatro jovens atearem fogo no índio Galdino-, o juiz Novély Reis julgou que o Estado é culpado pela degradação social dos panarás -também conhecidos por Kreen-Akarôre e por "índios gigantes"- e pelas mortes de 175 índios provocadas pela construção da rodovia BR-163 (Santarém/PA-Cuiabá/ MT) em território indígena no início da década de 70.
                                                          
Quando a rodovia atravessou o território indígena, de acordo com a decisão judicial, "agentes públicos não adotaram providências vigorosas para proteger a comunidade dos panarás". O juiz afirma ainda que o Estado tinha "o dever legal de proteger os índios" e que "faltou determinação para isso". Segundo o juiz, o Estado deve "pagar o preço da indecisão ou da ineficiência".
A Justiça concluiu que os índios panarás morreram porque contraíram diversas doenças, principalmente gripe e diarréia, no contato com os trabalhadores da obra e com os garimpeiros, que invadiram o território indígena em busca de ouro e diamantes.
Em janeiro de 1975, os 79 panarás que restaram foram transferidos de avião para o parque indígena do Xingu. Após sete mudanças no Xingu, os índios retornaram, entre 1995 e 1996, para o território que ocupavam antes da construção da estrada.

Massacrados
Na sentença judicial, há um testemunho do sertanista Orlando Villas Bôas, que participou da equipe de brancos que fez os primeiros contatos com os panarás em 1973.
No documento, o sertanista afirmou que a remoção dos panarás para o Xingu foi um "movimento salvatório" porque, um ano depois dos primeiros contatos com os brancos, os índios teriam sido reduzidos de 240 para 80. "Estavam morrendo de fome, totalmente abandonados e massacrados por uma invasão incontida", afirma o sertanista.
Na sentença, o juiz diz: "Consta inclusive que servidores da Funai mantiveram relações sexuais com índias menores, introduziram práticas homossexuais entre homens e difundiram o hábito de consumo de bebidas alcoólicas".
Hoje, existem 223 índios na reserva panará de 494 mil hectares, localizada entre Guarantã do Norte (MT) e Altamira (PA).
O processo movido pelos panarás tramitava na Justiça desde 1994 e transitou em julgado depois que a AGU desistiu de recorrer para tentar retardar o cumprimento da decisão. O governo concluiu que não teria chances de mudar o mérito da decisão judicial. De acordo com o advogado-geral, Gilmar Mendes, qualquer recurso só serviria para adiar o encerramento do caso. Há um parecer na AGU que embasa a decisão de Mendes.
"Avaliei que não valia a pena recorrer. O valor da indenização não é desmesurado, e um recurso só teria o propósito de alongar o processo", disse Mendes.
A União e a Funai (Fundação Nacional do Índio) tentaram barrar o processo até agosto deste ano, quando o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região recusou o último recurso. O tribunal manteve com uma pequena alteração a decisão de Vilanova, que condenou a União e a Funai no primeiro processo por danos morais contra índios.
"É a primeira vez que o Estado é condenado em razão de erros cometidos pela política indigenista no passado", disse a advogada Ana Valéria Araújo, do Instituto Socioambiental, uma organização não-governamental que dá assistência aos panarás.(2001)
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1811200108.htm


Video: Globo Repórter - TV GLOBO - Sempre Informando a Comunidade
18/08/2012
Indio Panará.

sábado, 28 de julho de 2012

AUGUSTO RUSCHI - PESQUISADOR E NATURALISTA - SANTA TERESA - DOCE TERRA DOS COLIBRIS.



A história de Santa Teresa começa em 1875, quando 60 famílias venetas e trentinas, a bordo do navio Rivadávia, atravessaram o Atlântico e desembarcaram no Rio de Janeiro. Enfrentaram outro vapor para Vitória. Após alguns dias, subiram em canoas pelo rio Santa Maria e escolheram as montanhas para implantar a saga da colonização. Em 1877, Santa Teresa recebeu nova corrente Migratória, eram imigrantes que vinham da Suíça e Alemanha que rumaram para a Região de Vinte Cinco de Julho, hoje distrito do município, no mesmo ano, chegaram os poloneses que se estabeleceram em torno do atual distrito de Santo Antônio do Canaã.

A instalação oficial do município só se deu em 22 de fevereiro de 1891, levada a efeito solenemente pelo presidente do "Governo Municipal de Santa Leopoldina", sendo empossado como presidente: Jerônimo Vervloet (belga), intendente: Fortunato Broilo (italiano), Alexandre Filipe (austríaco), Dr. Emílio Hausller (suíço) e Julião do Espírito Santo (brasileiro), todos visavam o progresso e o engrandecimento da região, tanto que em 1900 se dizia que o município era o mais importante e mais rico do estado.

O nome do município tem duas versões: A primeira indica que foi homenagem a Teresa Cristina de Bourdon, imperatriz do Brasil, casada com o Imperador Dom Pedro II. A outra afirma que uma devota - Maria Madalena A. Armini, que protegida pela sombra de um pau-peba, reunia os imigrantes para rezarem em frente ao quadro de Santa Teresa. O palco escolhido pelos imigrantes é repleto de belezas naturais, mais de um século de labor mostra toda herança natural.

 Augusto Ruschi
Santa Teresa é uma cidade de reconhecimento internacional, granjeado pelos trabalhos que o pesquisador e naturalista Augusto Ruschi realizou no lugar. Autor de livros excepcionais pela qualidade e profundidade com que estudou a flora e a fauna locais, Augusto Ruschi foi um dos raros cientistas brasileiros a notar, bem antes que muitos outros, a importância da preservação da natureza para o futuro do homem. O Museu de Biologia Mello Leitão e a Estação Biológica de Santa Lúcia são algumas de suas heranças, além do exemplo pessoal que deu em sua dedicação à causa da preservação de nosso planeta.

Fonte: http://www.portal-st.com.br/

 Video: Globo Repórter - TV GLOBO - Sempre Informando a Comunidade
Data: 27.07.2012.