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sábado, 10 de setembro de 2011

Comphic aprova tombamento da Casa do Português.A CASA DO PORTUGUÊS - FORTALEZA - CE



Foi confirmado o tombamento definitivo do conjunto arquitetônico, conhecido popularmente como Casa do Português, durante a 30ª reunião do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic). A decisão, aprovada por unanimidade, se justifica por ser “um dos marcos arquitetônicos da cidade e detentor de reconhecido valor simbólico e afetivo pelos habitantes de Fortaleza”, segundo parecer elaborado pelos conselheiros Romeu Duarte, professor de Arquitetura da UFC, e Ivone Cordeiro, professora de História da UFC. O imóvel se destaca em meio a uma área onde as transformações, principalmente o processo de verticalização, são intensas.

Denominado Vila Santo Antônio, a edificação se situa no nº 5.094 da Av. João Pessoa, no Bairro Damas. Construída entre o final da década de 1940 e o início dos anos 1950, foi inaugurada em 13 de junho de 1953 para ser a residência do comerciante português José Maria Cardoso. Ao longo dos anos, passou por vários usos, chegando a abrigar a Boate Portuguesa, a Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural (ANCAR) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE). Posteriormente, funcionou no local uma oficina mecânica, um pequeno hotel e até um estacionamento.

De acordo com o parecer, “o prédio notabilizou-se, desde a sua inauguração, por seu aspecto insólito e exagerado, espécime arquitetônico pitoresco em meio a uma Fortaleza constituída por uma arquitetura de escala comportada”.

A partir da aprovação pelo Conselho, que já era considerado tombado provisóriamente pelo Patrimônio Municipal, agora o tombamento será definitivo. A documentação será enviada para assinatura da Prefeita Luizianne Lins. Após a assinatura, o tombamento estará registrado no Livro de Tombo.

As reuniões do Comphic acontecem na primeira terça-feira de cada mês, na sede da Secultfor (R. Pereira Filgueiras, 4, Centro). A próxima reunião ocorre no dia 4 de outubro.

A Casa do Português está entre os 32 bens tombados pelo município. Confira em http://www.fortaleza.ce.gov.br/cultura/index.php?option=com_content&task=view&id=10144&Itemid=119.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ìcone de Fortaleza - Casa do Português


A casa é ponto de referência de quem mora ou passa todos os dias pela Avenida João Pessoa, no bairro Damas. Data de 1950, quando começou a ser contruída.

Chamam-na de Casa do Português. Três andares. Duas rampas laterais que davam aos automóveis acesso aos terceiro e quarto andares. Grades de ferro pesado circudam a frente e o lado esquerdo da casa, hoje, cor verde-musgo se misturando com ferrugem como se a casa, que muitos dizem parecer com um navio, estivesse no fundo do mar, sob o ranger dos motores de ônibus da avenida preta João Pessoa.

O antigo era português realmente. Deu seu próprio nome, junto ao de um santo, a casa: Vila Santo Antônio de José Maria Cardoso. Sua família, por mais que se espichasse, não completava os cômodos do segunda andar, o único que realmente ocupou. Ainda em vida, alugou os outros dois acima para o empresário Paulo de Tarso, então dono da Boate Portuguesa. Quando morreu, em 1966, aos 72 anos, foi como um rasgo no casco da casa que já não era muito aprumada. No local, depois da boate, abrigou a sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de 1965 a 1984, e logo depois: uma oficina, um estacionamento e um cortiço.

A casa então foi vendida em um leilão. Os atuais proprietários deixaram o aviso de não infomar endereços e telefones. Nenhuma reforma foi feita e não há sinais de que algum plano esteja sendo tramado. Comenta-se que seu José Maria Machado (atual dono) queria fazer um shopping, mas os sócios dele não gostaram da idéia. Salvado a dita quadra, o terceiro andar e o terraço estão com os escombros espalhados por todo o chão e as paredes pichadas.

O edifício está em processo de tombamento, aberto em janeiro de 2006 pela Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet), por isso mesmo está protegido de reforma que o desfigure ainda mais ou de uma possível demolição. "Alguns arquitetos contestam que aquele edifício seja um patrimônio da cidade, mas ele tem uma arquitetura diferente, é um referencial de espacialidade. As pessoas que se utilizam do espaço tem uma referência nele. É também uma referência da cidade, na década de 60 ele foi postal de Fortaleza", diz Ivone Cordeiro, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico-Cultural da Funcet.

O processo deve ser concluído em abril ou maio desse ano, segundo Ivone. Até agora nada foi pensado para o prédio e não se têm planos de uma possível reforma. Em 2005, os arquitetos Napoleão Ferreira e Mário Roque tiveram a idéia de transformar a casa em Centro Cultural. A proposta era a de um centro que integrasse a cidade e o estado com a cultura portuguesa. "A idéia é dar vida aquilo. A cidade está devendo à sua memória. Para mim aquilo é uma arquitetura que impressiona. É sem sombra de dúvida um marco urbano", reafirma Napoleão, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Av. João Pessoa - bairro Damas
http://opovo.uol.com.br/opovo/vidaearte/667957.html







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