Bem Vindo

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Antecedentes de um Museu - Lisboa em Festa - Emília Ferreira.


Coleção Estudos de Museus: uma iniciativa editorial da DGPC em parceria com a editora Caleidoscópio

O mercado editorial português está carente de publicações na área dos museus e da Museologia, nomeadamente de estudos de grande fôlego e de sínteses sobre a história e os desafios dos museus portugueses. Contudo, nos últimos anos tem sido numerosa a apresentação de teses de doutoramento sobre museus e Museologia, aprovadas em diversas universidades nacionais. Infelizmente, a maioria dessas teses acaba por ficar reduzida ao conhecimento de um círculo restrito de investigadores e de estudantes, pois não são editadas.
Visando colmatar essa lacuna, a Direção-Geral do Património Cultural e a Editora Caleidoscópio criaram a nova Coleção Estudos de Museus, na qual são editados trabalhos de investigação, aprovados em diversas universidades. Para operacionalizar esta coleção, a Caleidoscópio constituiu um Conselho Editorial, formado por docentes universitários e em que a DGPC está representada.

 “Estudos de Museus”, uma parceria entre a Direção-Geral do Património Cultural de Portugal e a editora Caleidoscópio. Foi lançado no dia 21 de novembro o oitavo volume desta Coleção. O livro de Emília Ferreira, Lisboa em Festa: a Exposição Retrospetiva de Arte Ornamental Portuguesa e Espanhola, 1882. Antecedentes de um Museu.
A 12 de janeiro de 1882, o Palácio Alvor abriu portas à Exposição Retrospetiva de Arte Ornamental Portuguesa e Espanhola. Primeira exposição em Portugal a contar com iluminação elétrica, catálogo com ilustrações e um volume de fototipias, da autoria de Carlos Relvas, envolveu a cidade e o país num momento de entusiasmo cultural. Quando encerrou, em junho desse ano, a exposição tinha sido vista por dezenas de milhares de visitantes, transformando-se no primeiro sucesso massivo de público em Portugal. Dois anos depois, o Palácio Alvor abriria as suas portas ao Museu Nacional de Bellas Artes e Archeologia, atual Museu Nacional de Arte Antiga. É a história desse notável acontecimento cultural do século XIX em Portugal que este livro conta.

Emília Ferreira (Lisboa, 1963) é licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é mestre e doutora em História da Arte Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Historiadora de Arte e autora de ficção, é investigadora integrada do Instituto de História da Arte (Universidade Nova de Lisboa), na linha Museum Studies, e investigadora associada aos projetos Social Sciences and Humanities Research Council (SSHRC) Connections Grant – “Gender Justice, Adult Education and Curatorial Dreaming: A Workshop and Exhibition” (University of Victoria, British Columbia, Canadá) e SSHRC Insight Grant – (En)Gendering New Narratives, Representations and Pedagogies: A Feminist Study of Adult Education and Exhibitory Praxis in Public Museums in Canada, Europe and the USA (University of Victoria, British Columbia, Canadá).
Curadora de exposições de artes plásticas e educadora, é colaboradora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, desde 1997, e membro da equipa da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, desde 2000.
Desenvolve investigação sobre museologia, museografia e cultura, o ensino artístico, os museus e as artes, na época contemporânea, questões de género; expressões e diversidade do desenho na arte contemporânea, curadoria e educação pela arte.
Tem organizado e participado em conferências e colóquios em Portugal e no estrangeiro e publicado artigos nas diversas áreas de interesse. Publicou várias dezenas de textos críticos e entrevistas sobre arte e artistas, nacionais e estrangeiros. Tem-se dedicado também à divulgação de temas culturais para o grande público, destacando-se o recente trabalho Guias de Museus, realizado para o Diário de Notícias (2017).

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