Bem Vindo

domingo, 17 de abril de 2011

62º Salão de Abril - Galeria Antonio Bandeira - Fortaleza - Ce







A subjetividade – elemento praticamente onipresente e indispensável em qualquer trabalho de arte –fundamenta o tema do 62° Salão de Abril. A mostra intitulada Subjetividades das Formas do Eu começa hoje, com abertura marcada para as 19 horas, na Galeria Antônio Bandeira (dentro do Centro de Referência do Professor). Com 30 artistas selecionados em todo território nacional, o salão traz um número minguado de cearenses em sua lista (apenas dois: Diego dos Santos e o Grupo Acidum) com trabalhos provenientes de apenas cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul e Pernambuco). Ao todo, a curadoria recebeu 613 inscrições. Esta 62° edição presta homenagem ao artista Zé Tarcísio, que dispensa classificações (foi gravurista, cenógrafo, pintor...) e em fevereiro último completou 70 anos. Na ocasião, Zé vai ter sua série Pedras exibida (leia quadro ao lado). Acompanhando um movimento delineado já há três anos, o salão ramifica seu campo de ação para outros espaços, que não os expositivos, e desta vez, à exemplo do que fez nos terminais de ônibus e no Centro, leva obras de arte para o Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II). É a mostra Qual é o lugar da arte?. Maíra Ortins, coordenadora de artes visuais da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), que promove o evento, explica que a escolha do tema e o inusitado espaço de exposição são mais imbricados que se imagina. “Fizemos um diálogo com o processo de mortificação do eu de (Irving) Goffman, que é um dos autores que nos baseamos pra escrever a teoria do salão desse ano”, explica. Por essa teoria, detalha Maíra, o sujeito “que entra num ambiente fechado, com determinadas regras fixadas, passa a perder a identidade”. O presídio, portanto, seria o lugar ideal para experimentar as novas ideias incorporadas ao evento. Diego dos Santos, por exemplo, descreve o trabalho que vai levar até o IPPO: uma casa metade submersa, metade acima da superfície. “Uma casa que não tem mais origem, que se desprendeu, viajando por fora e por dentro da terra. Ela precisava percorrer esses dois espaços, desprendida dos seus alicerces”. Diego não sabe onde a casa vai ficar, nem se os presos vão ter oportunidade de vê-la. O artista foi um dos 30 escolhidos pelas mãos de Ana Valeska Maia, do Ceará, Andréz Hernandez, cubano radicado em São Paulo, e Agnaldo Farias, paulista, o grande nome do salão – ele foi o último curador da Bienal de São Paulo (a 29° edição) e é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Os três ainda escolherão dois artistas nesse universo dos selecionados (já agraciados com R$ 2,5 mil) que receberão R$ 12 mil cada. “E ainda vamos fazer três livros a partir de três residências, que acontecerão em julho, setembro e novembro”, detalha Maíra, apesar de não saber ainda quem serão os convidados a ministrar as residências. As ações, segundo Maíra, apontam para a proposta de formação. Os projetos de formação, ela concorda, são precários na cidade. http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2011/04/15/noticiavidaeartejornal,2126968/abril-de-muitas-formas.shtml

Um comentário:

  1. Neste final de tarde, de um Domingo de Páscoa, Da Cadeirinha de Arruar (meu blog),estava a procurar uma foto do Pequeno Grande (igreja)e "caí" em seu blog Turismo Religioso. Dei uma boa passeada e, aí, cliquei neste que me diz "mais de perto". Li o post mais recente e passei para este. Desço, vejo as fotos (paro na do Zé Tarcizo (com quem já fiz teatro, não sei se êle lembra rsrs ), li o texto, gostei e já estou lhe seguindo >>>>>>>

    Boa Páscoa
    Um abraço,
    Lúcia
    http://dacadeirinhadearruar.blogspot.com/

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