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A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), teve o nome usado para batizar uma planta inédita, até hoje só identificada na Serra de Baturité. A espécie Phyllanthus carmenluciae é do mesmo gênero da erva conhecida como quebra-pedra, usada no tratamento de pedra nos rins. A descoberta foi publicada em artigo na última sexta-feira, 21, na revista científica Phytotaxa, da Nova Zelândia.
A pesquisa foi desenvolvida pela cearense Rayane de Tasso Moreira Ribeiro, que conclui doutorado em Botânica na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O trabalho foi realizado em parceria com o Laboratório de Sistemática e Ecologia Vegetal (Lasev) da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde a espécie inédita estava armazenada e registrada equivocadamente.
A homenagem foi uma escolha da pesquisadora, que chegou a ser contestada pela orientadora do trabalho, a professora Iracema Loiola. “A gente costuma homenagear pessoas que contribuem para a área. Mas o Código Internacional de Nomenclatura Botânica não faz restrições”, reconsiderou a professora.
Rayane insistiu que deveria levar o nome da magistrada à espécie pela admiração que guarda à homenageada. Para ela, a presidente do STF tem perfil “progressista voltado para questões para a promoção da equidade de direitos entre mulheres e homens e o cuidado com crianças e jovens do nosso País”. Agora, o interesse é entregar à ministra um quadro com a imagem da espécie nova.
A pesquisadora informou que já tentou entrar em contato com o gabinete da magistrada, mas ainda não teve nenhum retorno. Por telefone, a assessoria de comunicação do STF informou, ontem, que não sabe se a ministra tomou conhecimento da homenagem.
A pesquisadora cearense Rayane de Tasso batizou a planta, identificada na Serra de Baturité, como Phyllanthus carmenluciae, numa homenagem à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF MARIANA PARENTE/ESPECIAL PARA O POVO.
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