Bem Vindo

domingo, 1 de maio de 2011

FORTALEZA Memórias do Tempo - Miguel Ângelo de Azevedo - NIREZ










Por meio das imagens estáticas que retratam a Fortaleza de antigamente, existem inúmeras histórias mimetizadas na paisagem que só vem à tona quando as palavras as evocam. A exposição Fortaleza-Memórias do Tempo,no Espaço Cultural Porto Freire, resgata as lembranças da cidade, os hábitos coletivos, perdidos ou mantidos, reveladores da identidade do fortalezense.

Agrupadas nos temas: vida urbana, habitantes, trabalho, lazer, cultura e esporte, 90 fotografias remontam as vivências da Capital entre as décadas de 20 e 70. As imagens fazem parte do acervo de dois guardiões do passado da cidade: o fotógrafo Chico Albuquerque e o memorialista Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez .

Algumas fotos serão acompanhadas por objetos originais da época como o liquidificador Osterizer, o primeiro a chegar a Fortaleza em 1957, e registrado na imagem da Casa de Pasto Cabana. Há peças ainda mais inusitadas, como o pedaço de trilho que foi implantado pela primeira vez nas ruas da cidade, também um gramofone, uma vitrola e uma máquina fotográfica de fole.

A exposição busca reunir os diversos elementos que compunham a história da cidade e, a partir disso, conhecer o fortalezense que a vivenciou. Nirez aponta que muitos costumes não se perpetuaram pelas décadas seguintes, mas alguns foram adaptados e sobrevivem. “Antigamente, a gente saía à noite para olhar as vitrines das lojas no Centro, hoje as pessoas fazem a mesmas coisa no shopping”, compara.

Programação trará palestras
Fazem parte do projeto palestras que abordam temas específicos da história da cidade. A primeira delas será proferida pelo próprio Nirez do dia 28 de abril e trata das curiosidades e casos. Segundo o pesquisador havia muitos vultos populares, pessoas que peregrinavam pela cidade e eram muito conhecidas, tinham passado misterioso. “Um deles era o Chagas dos Carneiros, ele pintava os bichos com papel de seda e colocava neles nomes de presidentes, porque era monarquista e queria provocar os republicanos”, destaca.



Em maio, a professora do curso de Comunicação Social da Unifor, Erotilde Honório relembra a história das rádios da cidade. Ela destaca alguns programas emblemáticos como o Disk M para Música apresentado por Wilson Machado na Ceará Rádio Clube durante a década de 40. “O apresentador fazia uma crônica chamada Pimentinha de Cheiro tratando dos problemas urbanos de Fortaleza e repercutia bastantes entre os ouvintes”, destaca a pesquisadora. Fortaleza-Memórias do Tempo permanece em cartaz no espaço Porto Freire até dezembro.

EXPOSIÇÃO FORTALEZA- MEMÓRIAS DO TEMPO
19 de Abril a dezembro 2011

Espaço Cultural Porto Freire (rua Joãzito Arruda, s/nº - Cidade dos Funcionários – próximo à CTC)
Gratuito

Outras info.: 3459 0061

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