``Felizmente, o olhar e o coração não envelhecem e os novos encontros me rejuvenescem``, Marc Riboud
São 50 anos parando o tempo. Cinco décadas retendo instantes que ficariam gravados em imagens eternas. Em um clique, o fotógrafo francês Marc Riboud eternizou a moça que segurava uma flor de frente para uma tropa fortemente armada em plena manifestação realizada em Washington contra a Guerra do Vietnã. Aqueles segundos passados em 1967 viraram história através das lentes do fotógrafo. Há 50 anos, Riboud se especializou em reter instantes. Alguns desses segundos eternizados poderão ser vistos na exposição Marc Riboud, que será aberta hoje, às 20h, no Espaço Cultural Unifor Anexo. A mostra fica em cartaz até o próximo dia 25 de abril.
A exposição reúne as 60 fotos mais representativas dos 50 anos de carreira do fotógrafo francês, completados em 2009. Ela passeia pela versatilidade de Riboud, estampando da beleza das montanhas chinesas ao cotidiano colorido da Favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde esteve no ano passado, em sua primeira visita ao Brasil, como convidado especial do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre (FestFotoPoa).
``Prefiro confessar logo: esperei 85 anos para ir ao Brasil! Minha longa atração para com o Oriente e o Extremo-Oriente me fazia viajar mais para o leste do que para o oeste, mas a curiosidade e o desejo de conhecer outros lugares incitaram-me a aceitar o convite de Carlos Carvalho a vir ao festival de Porto Alegre``, revela o fotógrafo no catálogo da exposição.
Na mostra, o público poderá conferir ainda as imagens registradas nas diversas viagens de Riboud pelo mundo, entre os anos de 1955 e 1986. Estão ali momentos marcantes do fotógrafo na China de Mao, na União Soviética, na Índia, na independência da Argélia, no Maio de 68 na França e na Guerra do Vietnã, quando conseguiu fotografar os dois lados do conflito.
Hoje com 86 anos, Riboud é fruto de uma geração de fotógrafos franceses que fizeram dos acontecimentos mais banais do dia a dia seu projeto fotográfico. Conhecidos como ``humanistas``, eles fizeram seu trabalho sem interferir no que fotografavam, registrando apenas o que se passava na França que acabava de sair da 2ª Guerra Mundial. Em 1953, sua foto de um pintor na Torre Eiffel foi publicada na revista Life, motivando um convite de Henri Cartier-Bresson e Robert Capa para entrar na agência Magnun, onde ficou por 30 anos.
Nascido em 1923, em Lyon, na França, Riboud ganhou do pai a sua primeira câmera, uma Kodak, quando tinha 14 anos e, desde então, é apaixonado pela fotografia.
Na década de 1950, foi um dos poucos fotógrafos europeus que tiraram fotos sobre a Nova China. Ele também visitou a China várias vezes na década de 1990 e tirou fotos que refletem a mudança da sociedade após a aplicação da política de Reforma e Abertura do país.
O público também pode agendar exposições guiadas pelo telefone 3477 3239, através do Projeto Arte-Educação, que atende crianças e adolescentes pertencentes à rede pública e privada de ensino.
A mostra percorrerá seis capitais brasileiras, sendo Fortaleza a primeira do roteiro, e as demais são Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Serviço: Abertura da exposição de Marc Riboud, hoje, às 20h, no Espaço Cultural Unifor Anexo. Período de visitação: de 10 de março a 25 de abril (de terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h). Entrada gratuita.
Foto:Edimar Bento
http://opovo.uol.com.br/opovo/vidaearte/960526.html
São 50 anos parando o tempo. Cinco décadas retendo instantes que ficariam gravados em imagens eternas. Em um clique, o fotógrafo francês Marc Riboud eternizou a moça que segurava uma flor de frente para uma tropa fortemente armada em plena manifestação realizada em Washington contra a Guerra do Vietnã. Aqueles segundos passados em 1967 viraram história através das lentes do fotógrafo. Há 50 anos, Riboud se especializou em reter instantes. Alguns desses segundos eternizados poderão ser vistos na exposição Marc Riboud, que será aberta hoje, às 20h, no Espaço Cultural Unifor Anexo. A mostra fica em cartaz até o próximo dia 25 de abril.
A exposição reúne as 60 fotos mais representativas dos 50 anos de carreira do fotógrafo francês, completados em 2009. Ela passeia pela versatilidade de Riboud, estampando da beleza das montanhas chinesas ao cotidiano colorido da Favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde esteve no ano passado, em sua primeira visita ao Brasil, como convidado especial do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre (FestFotoPoa).
``Prefiro confessar logo: esperei 85 anos para ir ao Brasil! Minha longa atração para com o Oriente e o Extremo-Oriente me fazia viajar mais para o leste do que para o oeste, mas a curiosidade e o desejo de conhecer outros lugares incitaram-me a aceitar o convite de Carlos Carvalho a vir ao festival de Porto Alegre``, revela o fotógrafo no catálogo da exposição.
Na mostra, o público poderá conferir ainda as imagens registradas nas diversas viagens de Riboud pelo mundo, entre os anos de 1955 e 1986. Estão ali momentos marcantes do fotógrafo na China de Mao, na União Soviética, na Índia, na independência da Argélia, no Maio de 68 na França e na Guerra do Vietnã, quando conseguiu fotografar os dois lados do conflito.
Hoje com 86 anos, Riboud é fruto de uma geração de fotógrafos franceses que fizeram dos acontecimentos mais banais do dia a dia seu projeto fotográfico. Conhecidos como ``humanistas``, eles fizeram seu trabalho sem interferir no que fotografavam, registrando apenas o que se passava na França que acabava de sair da 2ª Guerra Mundial. Em 1953, sua foto de um pintor na Torre Eiffel foi publicada na revista Life, motivando um convite de Henri Cartier-Bresson e Robert Capa para entrar na agência Magnun, onde ficou por 30 anos.
Nascido em 1923, em Lyon, na França, Riboud ganhou do pai a sua primeira câmera, uma Kodak, quando tinha 14 anos e, desde então, é apaixonado pela fotografia.
Na década de 1950, foi um dos poucos fotógrafos europeus que tiraram fotos sobre a Nova China. Ele também visitou a China várias vezes na década de 1990 e tirou fotos que refletem a mudança da sociedade após a aplicação da política de Reforma e Abertura do país.
O público também pode agendar exposições guiadas pelo telefone 3477 3239, através do Projeto Arte-Educação, que atende crianças e adolescentes pertencentes à rede pública e privada de ensino.
A mostra percorrerá seis capitais brasileiras, sendo Fortaleza a primeira do roteiro, e as demais são Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Serviço: Abertura da exposição de Marc Riboud, hoje, às 20h, no Espaço Cultural Unifor Anexo. Período de visitação: de 10 de março a 25 de abril (de terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h). Entrada gratuita.
Foto:Edimar Bento
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