A mais famosa aviadora da América
cresceu num ambiente de riqueza e privilégio, graças ao seu avô materno,
Alfred Otis. Amelia, conhecida como Milly, tinha 10 anos quando viu
pela primeira vez um avião, na Feira Estatal de Iowa …e deste disse:
“Era uma coisa de arame ferrugento e madeira e sem qualquer interesse…”.
Foi só em 1920 que o bichinho da aviação
lhe mordeu, quando ela e o pai assistiram a um “encontro aéreo” em
Daugherty Field, Long Beach. De capacete e óculos de protecção, embarcou
num biplano de cockpit aberto para um voo de 10 minutos sobre Los
Angeles. Ficou encantada e pouco depois seguiram-se as lições de
pilotagem.
Em
Outubro de 1922, Amelia deu início à sua participação em tentativas de
ultrapassar recordes e estabeleceu o recorde de altitude para mulheres
nos 14.000 pés (4.340 metros). No Outono de 1925, Amelia mudou-se para
Boston e juntou-se à divisão local da Associação Nacional de
Aeronáutica. Durante este tempo, tirou todas as vantagens das
circunstâncias de promoção do voo, especialmente para as mulheres,
tornando-se assunto comum nos jornais. O “Boston Globe” considerou-a
“uma das melhores mulheres-piloto dos Estados Unidos”.
O editor nova-iorquino George Putnam,
impressionado com Earhart, organizou a viagem para que ela se tornasse a
primeira mulher a atravessar o Atlântico de avião, a 3 de Junho de
1928, ainda que como passageira.
Posteriormente
ela casou com ele e Putnam desenvolveu-a como personalidade pública ao
ponto de a 20 de Maio de 1932, quando atravessou sozinha o Atlântico,
Amelia ser a mulher mais aclamada do mundo, considerada herói nacional e
recebendo vários prémios e celebrações.
Uma viagem sozinha à volta do mundo era a
progressão natural, mas uma primeira tentativa, em 1935, não teve
sucesso, quando se despenhou ao descolar perto de Pearl Harbour. Sem se
dar por vencida, depois da reconstrução do seu Electra, voltou a tentar,
partindo de Miami, Florida, a 1 de Junho de 1937.
A
sua rota levou-a por Porto Rico e, depois, pela ponta noroeste da
América do Sul para África, do Mar Vermelho para o Paquistão (mais uma
estreia; ninguém antes tinha voado continuamente entre o Mar Vermelho e a
Índia). Depois de alguns atrasos por causa do tempo, partiu para a
Austrália e para Lae, na Nova Guiné. Nessa altura já tinha viajado
22.000 milhas (35.420 km), faltando-lhe 7.000 milhas (11.270 metros).
Partindo tarde a 2 de Julho, Amelia fez o
seu último contacto através do rádio às 20:00 GMT para o navio Itasca
da Guarda Costeira dos EUA e, apesar de uma operação de busca no valor
de $4 milhões autorizada pelo presidente Roosevelt, que envolveu 66
aviões e 9 navios nunca mais se encontraram vestígios de Earhart ou do
seu avião.
Esteve em Fortaleza, Foto Aerea de Nossa Cidade.
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