Homens mais velhos têm maior risco do que os jovens de conceber um filho com autismo ou esquizofrenia, por causa de mutações aleatórias mais numerosas que acumulam. Um estudo publicado nesta quarta (22) na revista “Nature” é o primeiro a quantificar esse efeito a cada ano.
A idade da mãe não teve influência nesses transtornos, segundo a pesquisa.Especialistas afirmam que o achado não é motivo para desistir da paternidade tardia. O risco para um homem com 40 anos ou mais é de 2% no máximo e há outros fatores biológicos desconhecidos que podem influenciar o desenvolvimento de autismo e esquizofrenia nos filhos.
O novo estudo dá apoio ao argumento de que o crescimento dos diagnósticos de autismo nos últimos anos se deve em parte ao aumento da idade dos pais, fator que poderia responder por até 30% dos casos.
O resultado também contraria o entendimento de que a idade da mãe é o fator mais importante para o desenvolvimento de transtornos do desenvolvimento em crianças. O risco de anormalidades cromossômicas, como síndrome de Down, aumenta quando a mãe é mais velha.
Mas quando se fala de problemas psiquiátricos e de desenvolvimento, o risco genético vem do espermatozoide, não do óvulo, segundo a pesquisa.
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